Judô Auto da Lapa

Horários dos Treinos

Segundas-feiras:
7:30h, 9:30h, 18:00h e 19:30h
Terças-feiras:
16:30h e 18:00h
Quartas-feiras:
7:30h, 9:30h, 18:00h e 19:30h
Quintas-feiras:
16:30h, 18:00h e 19:30h
Sextas-feiras:
7:30h, 9:30h, 18:00h e 19:30h

A História do Judô Alto da Lapa

A Associação de Judô Alta da Lapa existe oficialmente há quinze anos, mas como extensão da grade curricular do Externado Mickey, colégio particular para o ensino fundamental, tem mais de 40 anos de existência. Sua história remonta o ano de 1969, quando a escola foi fundada por José Fernandez Diaz, o Pepe, e Maria Carmelita Fernandez, sua esposa, que resolveram colocar entre as disciplinas ministradas pelo externato um esporte olímpico. A escolha do judô, que começou a ser ensinado no ano seguinte, se deu pelo caráter educativo e formador da arte marcial.

O primeiro sensei foi o jovem Akira Oide, que deu aulas às crianças do colégio por vinte e dois anos. Com o passar do tempo, novas turmas foram sendo abertas, e o judô externato deixou de se restringir aos alunos, que não tinham mais do que cinco anos de idade. Turmas de adolescentes e adultos começaram a se formar e, em 1987, o pai de Akira, Fuyu Oide, que lecionava em outra academia, passou a usar o dojo do externato e trouxe consigo o registro da sua associação na Federação Paulista de Judô (FPJ). Assim, a academia ficou conhecida como Lapa Judô Clube.

A parceria entre Pepe e os senseis Oide foi até 1993, quando ciclo se encerrou. Pepe, que àquela altura já era um faixa preta, assumiu parte das aulas, que já na época compreendiam todos os dias da semana. As outras turmas ficaram sob a responsabilidade de Edson Kudo, faixa preta de judô e notável atleta de luta greco-romana. Foi nesse período, que Pepe, por meio de Kudo, conheceu Rioti Uchida, à época, braço direito do célebre sensei Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico da história do judô brasileiro.

Quando Kudo precisou deixar as aulas na academia do externato, Pepe se lembrou de Uchida. Ao primeiro convite, o braço direito de Ishii declinou. Contudo, por problemas financeiros, Ishii teve de fechar duas de suas três academias pouco tempo depois da proposta. Uchida, que vivia das aulas que dava em uma delas, se viu obrigado a buscar uma nova “casa”. Recorreu a Pepe, perguntando-lhe se a proposta feita algum tempo antes ainda estava de pé. A resposta foi um entusiasmado “claro”, palavra que, com o perdão do trocadilho, deu luz a uma parceria que dura até hoje.

Com a chegada de Uchida, a academia ganhou o nome que atualmente seus atletas levam na lapela de seus judoguis e uma identidade que a faria única no universo do judô. “É possível dizer que os vinte e cinco anos que antecederam a chegada de Uchida foram um período de gestação do Judô Alto da Lapa, não apenas porque ganhamos um registro verdadeiramente nosso na FPJ no dia primeiro de fevereiro de 1995, mas porque Uchida trouxe consigo um espírito inquieto por conhecimento e que contagiou a todos. O fato é que só descobri o que era realmente o judô com a chegada de Uchida”, diz Pepe, o presidente da Associação de Judô Alto da Lapa.

Atualmente, são quinze anos de entidade. Tempo suficiente para, segundo Rodrigo Motta, atleta do Judô Alto da Lapa desde o dia de sua criação, passar por três fases que ele considera marcos na história da associação. “A primeira fase, que também se pode classificar de inicial e que foi de 1994 até 1996, consiste na chegada do sensei Uchida, o que também significou a chegada de alunos que treinavam com ele na academia do sensei Ishii. Uma população flutuante de vinte atletas o seguiu para a nova casa, sendo que, desse total, dez eram bem participativos, podemos dizer que não costumavam faltar sequer a um treino”, comenta Motta.

Segundo o faixa-preta, que hoje é o atleta “ativo” mais graduado da entidade, ao lado de Sérgio Lex, com o quinto dan, na época a imensa maioria dos alunos que seguiram Uchida ainda não eram faixas-pretas, mas em breve seriam os primeiros formados pela academia. “A segunda fase, que posso situar entre 1997 e 2000, foi justamente o surgimento dos primeiros faixas-pretas do Judô Alto da Lapa. Qual é a importância? Faixas-pretas formados que permanecem treinando na academia dão à entidade força, respeito e reconhecimento no universo do judô…”

Porém, outro fator colaborou para que a segunda fase marcasse o início da projeção do Alto da Lapa como uma escola extremamente fiel às raízes técnicas e filosóficas do esporte. Na década de 1990, a Kodokan (instituição fundada pelo próprio Jigoro Kano) e a Federação Internacional de Judô (FIJ) desenvolvem juntas estratégias para resgatar as raízes técnicas da arte marcial, adormecidas, por exemplo, nos katas (apresentação detalhada de movimentos de golpes pré-concebidos envolvendo dois judocas) criados por Jigoro Kano, com o justo propósito de servir de referência aos judocas que zelam pelo conceito técnico e filosófico basilar do esporte. Dessa forma, competições internacionais de kata começam pela primeira vez a ser realizadas.

“Como Uchida mesmo antes disso já se interessava pelos katas e ensinava aos alunos e treinava com muito mais frequência que as outras academias, logo viramos referência e Uchida um dos maiores conhecedores da matéria no mundo.” Eis a terceira fase, que vai de 2001 até 2007. Com as competições e os expressivos resultados do sensei Uchida e seu companheiro Luis Alberto dos Santos (simplesmente dezoito vezes campeões mundiais, fora outras conquistas, como pan-americanos) e as competições nacionais também dominadas pelo sensei e por seus alunos do Alto da Lapa, a associação se alça à posição de destaque no cenário mundial e brasileiro de judô.

Nesse ínterim, a academia também adquire respeito no mundo competitivo do shiai (combate). Atletas juvenis e sêniores conquistam medalhas em torneios metropolitanos, paulistanos e paulistas. Entre os másteres (atletas com mais de trinta anos), alguns dos pupilos de Uchida se sagram campeões paulista, brasileiro e sul-americano. Mais do que isso, a associação vê seus associadas subirem no pódio em mundiais. Os resultados não deixam dúvida sobre a relevância da escola entre os másteres. Tais conquistas, contudo, não cessam e tão-pouco se restringem à terceira fase. Muitos títulos anteriormente citados foram ganhos em 2008, ano que na opinião de Motta inaugura a quarta fase do Alto da Lapa.

“Com o aumento da notoriedade da instituição, o número de alunos cresceu substancialmente nos últimos anos. Com a quantidade veio qualidade e disposição de pessoas novas em ajudar o Alto da Lapa em questões ‘extratatame’”. Assim, este site, eventos para arrecadar verba para o fundo da entidade, a criação de um novo logotipo, novo uniforme, melhoria na infraestrutura da academia, ajuda a projetos sociais usando parte do referido fundo e, em breve, a publicação de livro inédito no Brasil sobre judô assinado por Uchida e Rodrigo Motta são frutos de um trabalho de bastidor realizado, muitas vezes, de forma voluntária, motivado única e exclusivamente pela crença dos atletas nos ideais que sustentam o Alto da Lapa.

Todavia, isso tudo é apenas uma amostra do valor da associação. Todos os homens e mulheres que passaram pela entidade, mais do que engrandecer o nome da academia dentro dos tatames, engrandeceram-no fora dele, em seus respectivos dia-a-dia. Isso porque a maior riqueza do Alto da Lapa são os valores morais e princípios éticos do judô, não os títulos. Jigoro Kano quando criou o “caminho suave” em 1882, mais do que campeões no tatame, ansiava contribuir para que a humanidade fosse menos bruta, mais inteligente e, sobretudo, verdadeiramente fraterna. Não por acaso, as máximas do judô são: “mínimo de esforço, máximo de eficiência” e “bem-estar e prosperidade mútua”.


Crianças de 3 a 5 anos.
Crianças acima de 5 anos.
Jovens e adultos.
Treino técnico de Kata.

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Academia Filiada

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